sexta-feira, 20 de dezembro de 2019




 









QUANDO O NATAL NOS ESCREVE

SOBRE O NATAL JÁ TODAS AS PALAVRAS FORAM ESCRITAS.
  FALTA DIZER QUE O NATAL TAMBÉM NOS ESCREVE,
E AS SUAS PALAVRAS DÃO-NOS VIDA,ALENTO E ALEGRIA.
COMO VERSOS DE UMA SEMPRE NOVA POESIA.

Natal de 2019
José Valle de Figueiredo







(fotografia de Irene Costa Marques)

REQUIEM POR JAN PALACH

Eles vieram das estepes e disseram:
- É proibido morrer pela pátria,
É proibido não ceder à ocupação,
É proibido resistir á opressão,
É proibido amar os campos verdes do seu país,
É proibido amar o verde da esperança,
É proibido amar a esperança!
Arde o coração de Praga,
Arde o corpo de Jan Palach!
Podemos dizer que o Rei Venceslau
Também viu crescer o fogo
Em que arde o coração de Praga.
E os cavaleiros da Boémia,
O Povo e os Grão-Senhores,
Os Operários de Pilsen,
Os Poetas e os Trovadores da Eslováquia,
Todos ardem na Praça de Praga.
João Huss, queimando o seu corpo,
Também arde nessa tarde e nessa praça.
- Queimamos a coragem e o heroísmo,
Queimamos a nossa infinita resistência,
Não é verdade, soldado Schweik?
Eles vieram das estepes
E disseram todas essas palavras.
Mas também é verdade
Que disse um dia o Rei Venceslau
Montado em seu cavalo:
Esta terra será livre,
E nela crescerão livres
As virgens, as mães e os filhos,
E nelas crescerão livres as flores,
Dessas flores virão rosas,
Rosas brancas para cobrir
O túmulo de Jan Palach.
Arde o coração de Praga,
Arde o coro de Jan Palach,
Arde o corpo do futuro,
E já cresce a Primavera.

(1969)
José Valle de Figueiredo

(Poema musicado por Manuel Rebanda)





domingo, 20 de outubro de 2019

Caldevilla


Raul de Caldevilla
(Porto, 21 de Novembro de 1877 – 28 de Agosto de 1951)

Foi uma personalidade do cinema português. Filho de um casal espanhol, era de origem castelhana. Foi Vice-cônsul em Cádiz e agente comercial na América Latina. Interessou-se pela publicidade e foi o primeiro publicitário em Portugal a encará-la de um modo planeado e profissional.
É considerado o criador em Portugal do filme de publicidade. Tornou-se depois produtor e realizou documentários promocionais. Escreveu o argumento do primeiro filme de temática sobre o fado, realizado por Maurice Mariaud (O Fado 1923).
Frequenta o curso superior do comércio do Instituto Industrial e Comercial do Porto. Em 1904 é nomeado vice-cônsul de Portugal em Cadiz. Exerce funções de agente comercial do governo na Argentina, em vários outros países latino-americanos e posteriormente no Egipto e Médio Oriente.
Homem inteligente e activo, lança-se na publicidade em Buenos Aires, empreendendo várias campanhas em jornais argentinos, novidade na época. Regressa à Europa e especializa-se nessa área em Paris. Volta à terra natal e funda no Porto uma agência de publicidade. Promove a publicidade em Portugal, por via do cinema, abrindo novos horizontes à sua prática.
É jornalista e autor dramático. Redige comédias e escreve livros. Cria o «Folhetim Publicitário» no jornal «O Primeiro de Janeiro», que obtém considerável êxito. Faz publicidade a vários filmes estreados pela Invicta Film, de cujo dono, Alfredo Nunes de Matos, é grande amigo. Os dépliants de A Rosa do AdroOs Fidalgos da Casa MouriscaAmor de Perdição fazem-se notar.
Acaba por se envolver no cinema como profissional e, com importantes apoios bancários, funda no Porto uma empresa, no nº 32 da Rua Formosa, a Raul de Caldevilla & Cia. Lda., que ficará conhecida por Caldevilla Film (1916), São sócios seus Eduardo Kendall, João Manuel Lopes de Oliveira e António de Oliveira. É gerente da firma até 1922. A Caldevilla Film, a Invicta Film e a Ibéria Film são as produtoras que marcam, na passagem dos anos dez para os anos vinte, a actividade cinematográfica nortenha.
...Chá nas nuvens (1917) é a sua entrada triunfal no filme publicitário. O chá é acompanhado de bolachinhas petit beurre, marca “Invicta”, no alto da torre dos Clérigos. Dois acrobatas espanhóis, pai e filho, escalam a torre, à unha, e põem-se a tomar cházinho lá no alto. Cá em baixo mais de cem mil mirones gozam o espectáculo, em suspense, e de súbito vêem cair milhares de papelinhos anunciando as deliciosas bolachas da Fábrica Invicta.
...A façanha será repetida em Lisboa
...Raul de Cadevilla assinará ainda o argumento de O Fado (1923) de Mariaud para outra produtora, a Pátria Film, «uma história de tresvario e má sina». É uma adaptação da peça de Bento Mântua. Inspira-se num poema de Augusto Gil, A "Canção das Perdidas", e no quadro homónimo de José Malhoa. Estreia no cinema Olympia. A projecção é seguida à guitarra pelos professores António Mouzon e Ernesto Lima. É assim que o fado, a voz da alma portuguesa, tem estreia no cinema, derrete corações e se torna tema recorrente para futuras e variadas fitas.

A Canção das Perdidas
Augusto Gil (Lordelo do Ouro31 de julho de 1873 - Guarda26 de fevereiro de 1929)

Quem por amôr se perdeu
Não chore, não tenha pena.
Uma das santas do céu
- É Maria Magdalena...
  


quinta-feira, 18 de abril de 2019

Para a História da "Geografia Literária" (2ª parte)

Quintas de Campanhã – 17 Março 2016

Exposição “Macau uma história de sucesso” - 2016



O Dr. José Valle e o Prof. Dr. Vitor Teixeira

Geografia Junqueiriana – 21 Maio 2016


Quintas de Campanhã – 24 Maio 2016

Zona Oriental – 2 Junho 2016





Brigadeiro Taborda

Maria Júlia Taborda Figueiras
e Dr Paulo Passos Figueira 



Rua da Restauração
Casa onde morou Bernardina Amélia



Quinta da Mitra ou de Vila Meã:






4ª Turma – 2016 / 2017
António Henrique Correia Ramos
Carmen D’Eça
Francisco I. V. Mesquita Guimarães
Maria da Conceição Carneiro Couto
Maria Dalila Albuquerque Pereira
Maria Irene Costa Marques Pereira
Maria Leonor Trigueiros Cruz
Rosa Pinto dos Santos Leal
Rosa Santos Lessa



quarta-feira, 10 de abril de 2019

Para a História da "Geografia Literária" (1ª parte)

Tendo como motivo o Aniversário do Dr. José Valle Figueiredo o Eng. Francisco Mesquita Magalhães produziu um excelente PowerPoint,que é também a História da Geografia Literária.

Geografia Literária
José Valle de Figueiredo

29 de Março de 1942
Muitos 
Parabéns
.............................
Camilo Castelo Branco por Viseu     (Anterior a ICDAFG)

28 de Maio de 2013

Geografia Literária – 1ª “Aula” – 3 /Out / 2013


Geografia Literária – 1ª “Aula” – 3 /Out / 2013

Francisco I. V. Mesquita Guimarães
José Sousa Pinto
Maria Estela Andrade
Maria Irene Costa Marques Pereira
Maria Manuela Pestana de Vasconcelos
Maria Leonor Trigueiros Cruz
Rosa Santos Lessa

Circuito base pela Foz – 7 e 27 / Nov / 2013 


Júlio Dinis – Grijó e Ovar – 6 / Dez / 2013




Versão original “Roteiro Literário da Foz”










Hotel de Paris – 6 / Mar / 2014



1º Almoço “Camiliano” – 8 / Abr / 2014
A Forja da Foz Literária


A 1ª Grande Guerra – Auditório UF AFN





Dia Maestro Ivo Cruz – 3 / Jun / 2014



1º Almoço “Queirosiano” – 19 / Jun / 2014

2ª Turma – 2014 / 2015
Francisco I. V. Mesquita Guimarães
José Sousa Pinto
Maria Estela Andrade
Maria Irene Costa Marques Pereira
Maria Manuela Pestana de Vasconcelos
Maria Leonor Trigueiros Cruz
Rosa Santos Lessa

Ciclo Foz Literária

1ª Sessão – 21 de Novembro de 2014 








FOZ LITERÁRIA

Dez 2014 – Artur Magalhães Basto
Jan 2015 – Padre Luís Cabral
Fev 2015 – Vasco Graça Moura
Mar 2015 – Camilo Castelo Branco
Abr 2015 – Teixeira de Pascoaes
Mai 2015 –António Rebordão Navarro, Fernando Guimarães 
  e Fernando Echevarria
Jun 2015 – Pinheiro Caldas, Amorim de Carvalho, Amélia 
  Carneiro e Maria Helena Vieira da Silva

Visita Cultural pela Foz – 4 de Maio de 2015

Urgente é a Poesia – (8 de Maio de 2015)







Turma – 2015 / 2016
António Henrique Correia Ramos
Carmem D’Eça
Francisco I. V. Mesquita Guimarães
Gisélia Oliveira Pinho
Maria da Conceição Carneiro Couto
Maria Irene Costa Marques Pereira
Maria Leonor Trigueiros Cruz
Rosa Correia
Rosa Pinto dos Santos Leal
Rosa Santos Lessa

FOZ LITERÁRIA

Set 2015 – Ramalho Ortigão
Out 2015 – Raul Brandão
Nov 2015 – Eça de Queirós
Dez 2015 – Bento Carqueja
Fev 2016 – Teixeira de Vasconcelos
Abr 2016 – Óscar da Silva
Jun 2016 – António Patrício
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Foz! Saudosa Foz! – 23 / Set / 2015





Ramalho Ortigão - Flor Granítica – 18 Out 2015 






Campanhã e os 140 anos da Estação de Caminhos de Ferro - 
27 Nov 2015                                          Os Caminhos de Ferro Fazem Anos



Pombeiro – Manuel Faria e Sousa – 6 Dez 2015




18-3-1590


3-6-1649




Natal 2015
Poema

O NATAL COMO POEMA
 
Anda o verso ainda criança
No poema que neste dia
Se escreve.
Como canto que vai crescendo,
Abre-se ao encanto
Do novo Nascimento.
Com o coração novo
Que nos anima,
Também crescemos no poema
Que se vai criando.
E com este Dia, verso a verso,
Vamos renascendo todos os dias.
 
JOSÉ VALLE DE FIGUEIREDO
....................
Quintas de Campanhã – 17 Março 2016


Exposição “Macau uma história de sucesso” - 2016





Geografia Junqueiriana – 21 Maio 2016



Quintas de Campanhã – 24 Maio 2016