Geografia Literária
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
sexta-feira, 20 de dezembro de 2019
(fotografia de Irene Costa Marques)
REQUIEM POR JAN PALACH
Eles vieram das estepes e
disseram:
- É proibido morrer pela
pátria,
É proibido não ceder à
ocupação,
É proibido resistir á
opressão,
É proibido amar os campos
verdes do seu país,
É proibido amar o verde
da esperança,
É proibido amar a
esperança!
Arde o coração de Praga,
Arde o corpo de Jan
Palach!
Podemos dizer que o Rei
Venceslau
Também viu crescer o fogo
Em que arde o coração de
Praga.
E os cavaleiros da
Boémia,
O Povo e os
Grão-Senhores,
Os Operários de Pilsen,
Os Poetas e os Trovadores
da Eslováquia,
Todos ardem na Praça de
Praga.
João Huss, queimando o
seu corpo,
Também arde nessa tarde e
nessa praça.
- Queimamos a coragem e o
heroísmo,
Queimamos a nossa
infinita resistência,
Não é verdade, soldado
Schweik?
Eles vieram das estepes
E disseram todas essas
palavras.
Mas também é verdade
Que disse um dia o Rei
Venceslau
Montado em seu cavalo:
Esta terra será livre,
E nela crescerão livres
As virgens, as mães e os
filhos,
E nelas crescerão livres
as flores,
Dessas flores virão rosas,
Rosas brancas para cobrir
O túmulo de Jan Palach.
Arde o coração de Praga,
Arde o coro de Jan
Palach,
Arde o corpo do futuro,
E já cresce a Primavera.
(1969)
José Valle de Figueiredo
quinta-feira, 24 de outubro de 2019
domingo, 20 de outubro de 2019
Caldevilla
Raul de Caldevilla
Foi uma personalidade do
cinema português. Filho de um casal espanhol, era de origem castelhana. Foi
Vice-cônsul em Cádiz e agente
comercial na América Latina.
Interessou-se pela publicidade e foi
o primeiro publicitário em Portugal a encará-la de um modo planeado e
profissional.
É considerado o criador
em Portugal do filme de publicidade. Tornou-se depois produtor e realizou
documentários promocionais. Escreveu o argumento do primeiro filme de temática
sobre o fado, realizado por Maurice Mariaud (O Fado - 1923).
Frequenta o curso superior do comércio do Instituto Industrial e
Comercial do Porto. Em 1904 é nomeado
vice-cônsul de Portugal em Cadiz. Exerce funções de
agente comercial do governo na Argentina, em vários outros países
latino-americanos e posteriormente no Egipto e Médio Oriente.
Homem inteligente e
activo, lança-se na publicidade em Buenos Aires, empreendendo várias campanhas em
jornais argentinos, novidade na época. Regressa à Europa e especializa-se nessa
área em Paris. Volta à terra natal e funda no Porto uma agência de publicidade.
Promove a publicidade em Portugal, por via do cinema, abrindo novos horizontes
à sua prática.
É jornalista e autor
dramático. Redige comédias e escreve livros. Cria o «Folhetim Publicitário» no
jornal «O Primeiro de Janeiro», que obtém considerável êxito. Faz publicidade a
vários filmes estreados pela Invicta Film, de cujo dono, Alfredo Nunes de
Matos, é grande amigo. Os dépliants de A Rosa do Adro, Os
Fidalgos da Casa Mourisca, Amor de Perdição fazem-se
notar.
Acaba por se envolver no
cinema como profissional e, com importantes apoios bancários, funda no Porto uma
empresa, no nº 32 da Rua Formosa, a Raul de Caldevilla & Cia. Lda.,
que ficará conhecida por Caldevilla Film (1916),
São sócios seus Eduardo Kendall, João Manuel Lopes de Oliveira e António de
Oliveira. É gerente da firma até 1922. A Caldevilla Film, a Invicta Film e a Ibéria Film são
as produtoras que marcam, na passagem dos anos dez para os anos vinte, a
actividade cinematográfica nortenha.
...Chá nas nuvens (1917)
é a sua entrada triunfal no filme publicitário. O chá é acompanhado de
bolachinhas petit beurre, marca “Invicta”, no alto da torre dos
Clérigos. Dois acrobatas espanhóis, pai e filho, escalam a torre, à unha, e
põem-se a tomar cházinho lá no alto. Cá em baixo mais de cem mil mirones gozam
o espectáculo, em suspense, e de súbito vêem cair milhares de papelinhos
anunciando as deliciosas bolachas da Fábrica Invicta.
...A façanha será
repetida em Lisboa
...Raul de Cadevilla
assinará ainda o argumento de O Fado (1923)
de Mariaud para outra produtora, a Pátria Film, «uma história de tresvario e má
sina». É uma adaptação da peça de Bento Mântua. Inspira-se num poema de Augusto Gil, A "Canção das
Perdidas", e no quadro homónimo de José Malhoa. Estreia no cinema Olympia. A projecção é seguida à
guitarra pelos professores António Mouzon e Ernesto Lima. É assim que o fado,
a voz da alma portuguesa, tem estreia no cinema, derrete corações e se torna
tema recorrente para futuras e variadas fitas.
A Canção das Perdidas
Quem por amôr se perdeu
Não chore, não tenha pena.
Uma das santas do céu
- É Maria Magdalena...
Não chore, não tenha pena.
Uma das santas do céu
- É Maria Magdalena...
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Para a História da "Geografia Literária" (2ª parte)
Quintas de Campanhã – 17
Março 2016
Exposição “Macau uma história de sucesso” - 2016
Exposição “Macau uma história de sucesso” - 2016
O Dr. José Valle e o Prof. Dr. Vitor Teixeira
Geografia Junqueiriana –
21 Maio 2016
Quintas de Campanhã – 24 Maio 2016
Zona Oriental – 2 Junho
2016
Brigadeiro Taborda
Maria Júlia Taborda Figueiras
e Dr Paulo Passos Figueira
Rua da Restauração
Casa onde morou Bernardina Amélia
Quinta da Mitra ou de Vila Meã:
4ª Turma – 2016 / 2017
•António Henrique Correia Ramos
•Carmen D’Eça
•Francisco I. V.
Mesquita Guimarães
•Maria da Conceição
Carneiro Couto
•Maria Dalila Albuquerque Pereira
•Maria Irene Costa Marques Pereira
•Maria Leonor Trigueiros Cruz
•Rosa Pinto dos Santos Leal
•Rosa Santos Lessa
quarta-feira, 10 de abril de 2019
Para a História da "Geografia Literária" (1ª parte)
Tendo como motivo o Aniversário do Dr. José Valle Figueiredo o Eng. Francisco Mesquita Magalhães produziu um excelente PowerPoint,que é também a História da Geografia Literária.
Geografia Literária
José Valle
de Figueiredo
29 de Março de 1942
Muitos
Parabéns
.............................
Camilo Castelo Branco por
Viseu (Anterior a ICDAFG)
28 de Maio de 2013
Geografia Literária – 1ª
“Aula” – 3 /Out / 2013
Geografia Literária – 1ª
“Aula” – 3 /Out / 2013
•Francisco I. V. Mesquita Guimarães
•José Sousa Pinto
•Maria Estela Andrade
•Maria Irene Costa Marques Pereira
•Maria Manuela Pestana de Vasconcelos
•Maria Leonor Trigueiros Cruz
•Rosa Santos Lessa
Circuito base pela Foz –
7 e 27 / Nov / 2013
Júlio Dinis – Grijó e
Ovar – 6 / Dez / 2013
Versão original “Roteiro
Literário da Foz”
Hotel de Paris – 6 / Mar
/ 2014
1º Almoço “Camiliano” – 8
/ Abr / 2014
A Forja da Foz Literária
A 1ª Grande Guerra –
Auditório UF AFN
Dia Maestro Ivo Cruz – 3
/ Jun / 2014
1º Almoço “Queirosiano” –
19 / Jun / 2014
2ª Turma – 2014 / 2015
•Francisco I. V. Mesquita Guimarães
•José Sousa Pinto
•Maria Estela Andrade
•Maria Irene Costa Marques Pereira
•Maria Manuela Pestana de Vasconcelos
•Maria Leonor Trigueiros Cruz
•Rosa Santos Lessa
Ciclo Foz Literária
FOZ LITERÁRIA
•Dez 2014 – Artur Magalhães Basto
•Jan 2015 – Padre Luís Cabral
•Fev 2015 –
Vasco Graça Moura
•Mar 2015 – Camilo Castelo Branco
•Abr 2015 –
Teixeira de Pascoaes
•Mai 2015
–António Rebordão Navarro, Fernando Guimarães
e Fernando Echevarria
•Jun 2015 –
Pinheiro Caldas, Amorim de Carvalho, Amélia
Carneiro e Maria Helena Vieira da
Silva
Visita Cultural pela Foz
– 4 de Maio de 2015
Urgente é a Poesia – (8
de Maio de 2015)
3ª Turma – 2015 / 2016
•António Henrique Correia Ramos
•Carmem D’Eça
•Francisco I. V.
Mesquita Guimarães
•Gisélia Oliveira Pinho
•Maria da Conceição Carneiro Couto
•Maria Irene Costa
Marques Pereira
•Maria Leonor
Trigueiros Cruz
•Rosa Correia
•Rosa Pinto dos Santos Leal
•Rosa Santos Lessa
FOZ LITERÁRIA
•Set 2015 – Ramalho Ortigão
•Out 2015 – Raul Brandão
•Nov 2015 – Eça
de Queirós
•Dez 2015 – Bento Carqueja
•Fev 2016 –
Teixeira de Vasconcelos
•Abr 2016 –
Óscar da Silva
•Jun 2016 –
António Patrício
...................
Foz! Saudosa Foz! – 23 /
Set / 2015
Ramalho Ortigão - Flor
Granítica – 18 Out 2015
Campanhã e os 140 anos da
Estação de Caminhos de Ferro -
27 Nov 2015 Os Caminhos de Ferro Fazem Anos
Pombeiro – Manuel Faria e
Sousa – 6 Dez 2015
18-3-1590
3-6-1649
Natal 2015
Poema
O NATAL COMO POEMA
Anda o verso ainda criança
No poema que neste dia
Se escreve.
Como canto que vai crescendo,
Abre-se ao encanto
Do novo Nascimento.
Com o coração novo
Que nos anima,
Também crescemos no poema
Que se vai criando.
E com este Dia, verso a verso,
Vamos renascendo todos os dias.
JOSÉ VALLE DE FIGUEIREDO
....................
Quintas de Campanhã – 17
Março 2016
Exposição “Macau uma história de sucesso” - 2016
Geografia Junqueiriana –
21 Maio 2016
Quintas de Campanhã – 24 Maio 2016
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